O grafite algumas vezes apareceu numa escala realmente sobre-humana. É claro que ele é por si só, uma arte que prima pelo estilo, ou no mínimo, tem como base primordial o estilo virtuoso, com ritmo, cores e mensagens muito fortes. Adoro grafite e como cresci em sampa, desde cedo entendi a clara e óbvia diferença entre essa arte e "pixo".
A arte de Vasmoulakis nesse sentido é fundamental, e diga-se de passagem, no mesmo nível que os brasileiros Rui Amaral, Os gêmeos, Zezão, Hudinilson Júnior. Vale o linke: http://www.vasmou.com/, já que para os brasileiros, isso é café da manhã.
Mas é interessante observar a tendência dessa arte, a sua força num contexto como uma megalópole. A penetração e posição que ela se deixa estar (por sua própria natureza) enquanto, vinda de mãos singelas de artistas que para alguns pecuniários são apenas maloqueiros baderneiros, vibra com mais força que o edifício em si, perdido nesse oceano de paredões tediosos ou high-techs. Se o horizonte não existe mais, a fantasia o preenche com criaturas fantásticas em escala monstruosa, como um grito onírico que em ação cáustica faz simplesmente, redimir a cidade de seus pecados arquitetônicos.
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